Local: E.E. Dr. Franklin Olivé Leite - R. Ernani Osmar Blaas, s/n - Pelotas RS
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BARRO DURO(Balneário dos Prazeres )
"Contam que os pescadores encontraram
o corpo de Donga às margens da
praia, e que, ao tocá-lo, transformou-se
em BARRO DURO, escuro e brilhante,
espalhando-se pela orla. Gritaram
assustados: BARRO DURO,
TERRA DE NEGRO."
"Donga
pescou todos os mil réis da
cacimba.
Nioro viajou, pegou carreta,
navegou
navio, foi longe..."
"O
menino desfrutava de toda
aquela
energia cósmica do verde das
plantas,
das águas da Lagoa dos Patos,
da
brisa suave, da areia gostosa de
pisar."
Através da Lenda do Nioro, buscamos uma pedagogia que alcance a autonômia do ser, na luta por uma escola anti-racista.
"Nas
Terras do Laranjal, na fazenda de
Nossa
Senhora dos Prazeres, quando
Sinhá
Dona morreu, deixou testamento.
Donga,
escrava da fazenda ficaria
alforriada.
Entre outras heranças de
muito
valor, Sinhá Dona deixava trezentos
mil
réis para repartirem com
três
mulheres brancas e pobres a fim
de
se vestirem decentemente para freqüentar
as
missas."
"O
padre, sabendo que os negros
eram
mais de Batuque do que da Igreja..."
"Cuidem bem das aroeiras, elas guardam
as lágrimas de Nioro. Todos os
negros devem saúda-las com bom-dia,
se for noite; e com boa-noite, se estiver
dia. É uma brincadeira dos Exus,
fazendo com que recordem de Nioro
que Ifá fez parecer o que não era."
"A maldição de Nioro é uma alergia que
dá em qualquer negro que fica chorando
sob as aroeiras da vida, em vez de
ir à luta, acreditando nas possibilidades
de inverter posições sociais, conservando
a negritude "
Logo após na escola, se densenvolveu reflexões teórico-pedagógicas acerca da saída, através do texto uma série de elementos podem ser articulados, com o trabalho manual, onde a confecção das saias, onde a vida se articula com as mãos, que hoje vivem atadas as classes escolares:
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