segunda-feira, 26 de novembro de 2012

II Encontro Regional de Educação Escolar Quilombola e o I Encontro da Infância e Juventude Quilombola




O Programa Formação Docente e Políticas Educacionais para Quilombos: Continuidades e Perspectivas, realizado pela Faculdade de Educação, sob coordenação da professora Georgina Helena Lima Nunes, foi realizado neste sábado, dia 24/11,  o II Encontro Regional de Educação Escolar Quilombola e o I Encontro da Infância e Juventude Quilombola. Os eventos contarão com representantes das comunidades quilombolas dos municípios de Pelotas, Canguçu, São Lourenço, Piratini, Turuçu, Morro Redondo, Pedras Altas, Cristal, São José do Norte, Rio Grande e Jaguarão, entre outros.
A exemplo do evento ocorrido no ano passado, que visava discutir as Diretrizes Curriculares para a Educação Escolar Quilombola, cuja homologação ocorreu no dia 21 de novembro de 2012 pela presidente Dilma Roussef, contou com a presença de uma média de 350 pessoas, entre elas quilombolas, professores e gestores dos municípios participantes.
O encontro deste ano, para além de já ter as diretrizes homologadas, discutiu Políticas Públicas para as Comunidades Quilombolas, dentre as quais ação governamental e demandas regionais com a presença de Ronaldo Jorge de Oliveira, representando a SEPPIR. Além disso, contou com espaço específico para Infância e Juventude que discutiu o tema “Quilombos e Protagonismo Infanto-Juvenil: experiências e possibilidades”.
Este evento foi fechamento do programa e, ainda, simultaneamente esteve ocorrendo a IV Formação Docente, com a seguinte temática: “Práticas Pedagógicas e de Gestão da Educação Escolar Quilombola” e o II Fórum de Debates tendo como tema: Movimento Quilombola: Organização Social e Perspectivas Futuras.













terça-feira, 30 de outubro de 2012

Programa Formação Docente e Políticas Educacionais para Quilombos realiza oficinas


Programa Formação Docente e Políticas Educacionais para Quilombos realiza oficinas

30 de Outubro de 2012

O Programa Formação Docente e Políticas Educacionais para Quilombos está promovendo, em algumas comunidades quilombolas dos municípios de Canguçu, Pelotas, Piratini e São Lourenço do Sul, oficinas nas modalidades de desenho, pintura e escultura com o tema A arte de ser quilombo!. As oficinas são ministradas pelo Coletivo de Artistas Negros de Pelotas e coordenado pela professora Georgina Helena Lima Nunes, da Faculdade de Educação. A equipe de artistas é composta por José Darci Barros Gonçalves, Jonas Fernando Martins Santos, Paulo Corrêa e Valdir Ferreira.
O cronograma de realização das oficinas é o seguinte:
Dia 17 de outubro de 2012 - Comunidade Remanescente de Quilombo Potreiro Grande e Arredores/Canguçu.
Dia 27 de outubro de 2012 - Comunidade Remanescente de Quilombo Rincão do Couro/Piratini.
Dia 31 de outubro de 2012 - Comunidade Remanescente de Quilombo Rincão das Almas/ São Lourenço do Sul.
Dia 14 de novembro de 2012 - Comunidade Remanescente de Quilombo Alto do Caixão/Pelotas.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

II Fórum de Debates


 Na II Fórum de debates, tivemos a saúde da população negra com eixo temático, para além das disucssões sobre o movimento quilombola:


                       Saúde da População Negra e Políticas Públicas:

 Dr. Vitor Jorge W. Brasil (Ipad-Instituto de Pesquisa da Afrodescendencia )


 Eliana Xavier (Secretaria da Saúde do Estado do RS):




  Neusa Maria da R. Carvalho (Associação Gaucha de Doença Falciforme):


  
Movimento Quilombola Brasileiro e Organização Regional:

Clédis Resende de Souza - Coordenadora Adjunta da Federação das Associações das Comunidades Quilombolas (C.Q. Rincão dos Martinianos, Restinga Seca (RS)


Denildo de Moraes Rodrigues – Representante da Coordenação Nacional dos Quilombos (CONAQ
)


Uma dia cheio de debates e questionamentos seguiram cada uma das falas do palestrantes. Construindo as trocas com as comunidades quilombolas:














terça-feira, 23 de outubro de 2012

II Formação Docente

Dia 28/09 | SEXTA-FEIRA
2º FORMAÇÃO DOCENTE
TERRITORIALIDADE NEGRA E EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS:
PEDAGOGIAS, CONCEITOS, MITOS E PRÁTICAS A PARTIR DO BARRO DURO
(LAGOA DOS PATOS/PELOTAS)
Palestrante
PROFª. DRª. GEORGINA HELENA LIMA NUNES (FAE / UFPEL)

PROGRAMAÇÃO:
8:30 - Credenciamento e café de acolhida
9:00 às 9:30 - Saída pedagógica para o Barro Duro
12:00 às 13:15 - Almoço
13:15 às 16:00 - Reflexões teórico-pedagógicas acerca da saída
16:00 às 16:15 - Encaminhamentos
16:15 às 16:45 - Lanche


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Local: E.E. Dr. Franklin Olivé Leite - R. Ernani Osmar Blaas, s/n - Pelotas RS
Informações pelo telefone: 53. 3273.7990


BARRO DURO(Balneário dos Prazeres )



"Contam que os pescadores encontraram
o corpo de Donga às margens da
praia, e que, ao tocá-lo, transformou-se
em BARRO DURO, escuro e brilhante,
espalhando-se pela orla. Gritaram
assustados: BARRO DURO,
TERRA DE NEGRO."





"Donga pescou todos os mil réis da
cacimba. Nioro viajou, pegou carreta,
navegou navio, foi longe..."
 



"O menino desfrutava de toda
aquela energia cósmica do verde das
plantas, das águas da Lagoa dos Patos,
da brisa suave, da areia gostosa de
pisar."



 Através da Lenda do Nioro, buscamos uma pedagogia que alcance a autonômia do ser, na luta por uma escola anti-racista.


"Nas Terras do Laranjal, na fazenda de
Nossa Senhora dos Prazeres, quando
Sinhá Dona morreu, deixou testamento.
Donga, escrava da fazenda ficaria
alforriada. Entre outras heranças de
muito valor, Sinhá Dona deixava trezentos
mil réis para repartirem com
três mulheres brancas e pobres a fim
de se vestirem decentemente para freqüentar
as missas."


"O padre, sabendo que os negros
eram mais de Batuque do que da Igreja..."













"Cuidem bem das aroeiras, elas guardam
as lágrimas de Nioro. Todos os
negros devem saúda-las com bom-dia,
se for noite; e com boa-noite, se estiver
dia. É uma brincadeira dos Exus,
fazendo com que recordem de Nioro
que Ifá fez parecer o que não era."





 
 

"A maldição de Nioro é uma alergia que
dá em qualquer negro que fica chorando
sob as aroeiras da vida, em vez de
ir à luta, acreditando nas possibilidades
de inverter posições sociais, conservando
a negritude "


Logo após na escola, se densenvolveu  reflexões teórico-pedagógicas acerca da saída, através do texto uma série de elementos podem ser articulados, com o trabalho manual, onde a confecção das saias, onde a vida se articula com as mãos, que hoje vivem atadas as classes escolares: